Lideranças indígenas da etnia
Sateré-Mawé realizaram uma manifestação na cidade de Maués para denunciar as
péssimas condições do atendimento à saúde tanto na sede do município como nas
comunidades.
Líderes de várias aldeias se
concentraram na Casa de Saúde Indígena de Maués (Casai) nesta quinta-feira (6).
“Não podemos ficar de braços cruzados nesta situação. Não temos remédios, nem
transporte, nem médico, falta respeito com nossos irmãos. Agora vamos à
guerra!”, disse o coordenador geral dos tuxauas Sateré, Francisco de Assis
Alencar.
A manifestação dos indígenas foi
pacífica. Eles foram recebidos no interior da Casai, onde apresentaram as
reclamações ao gestor do local, Paulo Darque Viana Dinelli, que prometeu
providências.
No domingo (3), lideranças visitaram o
Casai de Maués na companhia do presidente da Comissão de Assuntos Indígenas da
Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE/AM), deputado estadual Sidney Leite
(DEM).
Na ocasião, Dinelli classificou a
visita como ‘invasão’ e levou o caso à delegacia de Maués, onde foi lavrado um
Boletim de Ocorrência (BO). O fato causou revolta entre os Sateré.
Aproximadamente cinco mil índios
Sateré-Mawé vivem na circunscrição do município de Maués. A estrutura de
atendimento à saúde dispõe de apenas três polos, sendo que não há transporte
disponível para locomoção de doentes, nem remédios em quantidade suficientes
para suprir a demanda, o que obriga os indígenas a enfrentar uma longa viagem
até a sede do município em busca de assistência.
Fonte: http://www.emtempo.com.br
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