sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pesquisa da UEA e Fapeam revela que fungos amazônicos têm potencial biotecnológico

15/07/2011
Fungos encontrados em cascas de árvores amazônicas têm grande potencial de uso industrial em função das variedades de enzimas que produzem. Essa é uma das conclusões do estudo realizado no curso de Química da Universidade do Estado do Amazonas, em Parintins (distante 424 km de Manaus), no âmbito do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic), financiado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
“A Região Amazônica é detentora de uma imensa diversidade fúngica, na grande maioria das vezes ausente de informações sobre o seu potencial biotecnológico e, portanto, capaz de fornecer micro-organismos com potenciais variados aplicáveis na indústria”, afirmou a bolsista do Paic, Cássia Valente.
Sob a coordenação da doutora em Química e professora da UEA/Parintins, Milade Cordeiro, a pesquisa investigou os fungos existentes em cascas de três tipos de árvores com muita ocorrência no Estado: a cuúba, a massaranduba e o ipê. “Fizemos excursões fluviais na área urbana e rural de Parintins para a coleta das cascas. Na sequência, levamos para análise e identificamos a presença da enzima tanase, que pode ser amplamente utilizada na indústria biotecnológica e farmacêutica”, disse Valente.
Segundo ela, entre esses potenciais, encontra-se a biomassa fúngica, que pode ser empregada na fabricação de alimentos e na biorremediação do solo contaminado com metais pesados. “Dessa maneira, o objetivo do projeto foi avaliar a influência de resíduos obtidos de três cascas de árvores amazônicas no crescimento e produção de biomassa fúngica em estado de fermentação sólida”, explicou a pesquisadora.
Apresentação na 63ª Reunião da SBPC – O trabalho intitulado “Avaliação da Produção de Biomassa Fúngica em meio suplementado com três cascas de madeiras amazônicas” foi apresentado na sessão de Pôsteres da programação da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre na Universidade Federal de Goiás (UFG), até hoje, sexta-feira, dia 15 de julho.
Premiada como melhor bolsista de Iniciação Científica, entre 80 bolsistas do Paic da UEA/Parintins, Valente pretende dar continuidade à vida acadêmica e já se prepara para ingressar no mestrado. “O apoio da Fapeam me proporcionou um avanço muito grande nas minhas perspectivas acadêmicas, impulsionando meus conhecimentos. No mestrado, pretendo ampliar essa pesquisa e contribuir para o desenvolvimento científico do Estado e do País”, frisou.
Fonte: http://www.amazonas.am.gov.br

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